quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Da janela de cima


O azul celeste refletido em sua impensável dimensão enquadrado na janela de alumínio conecta minha alma a um futuro nada imediato porém com um gosto suave da certeza. O vapor sobe enquanto um feixe de luz parece transcender sua pele macia e nua. Livre, minha mente viaja mais de mil quilômetros na velocidade da luz passando daquela nuvem branca em ângulo nulo logo acima de nossos corpos para o sul de meus conhecimentos e onde te encontro com um sorriso e um brilho nos olhos, brilho da fogueira na areia, brilho do fogo queimando mágoas, dançando ao som do violão e dançando no ritmo das ondas, ambos embalados pela brisa noturna, pois já não é mais dia. Agora mesmo amanhece, o fogo volta para o céu e com ele nascem sonhos e a incerteza do deslumbramento humano com a possibilidade de que o mundo possa existir além da nossa percepção habitual.




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