quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Não meu amor, não !!


Não meu amor, eu lhe peço !!
não me derrube da sacada
minha mente já está acostumada
você em um simples relance
vira a mesa e quebra o copo
o copo que estava cheio
denso e triste o líquido escorre
como lágrimas sujas inundam o chão
Mas lhe peço novamente
não apague a vela na mesa
eu já não sei mais tecer esse forro
com as linhas que construimos juntos
pouco a pouco cada dia mais
e que num simples tremor toca fogo
em minha pretenção
chorosas cinzas pairam no ar

Outra vez lhe imploro, não bata a porta na minha cara, não
desse modo... sem tentar me olhar, perceber meu rosto, antes sereno, agora tingido de sangue pela pancada, ferido pela dura tonelada da porta. Que é a porta dos fundos, nunca a de entrada.

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